Foram muitos os posts que apaguei deste blog. Posts de quando estava doente e ia ser operada, aquele que tinha sido o início e o porquê da criação deste blog. Provavelmente algumas de vós se lembram, de quando eu falava dos meus dias em casa após a operação e como é que eu ultrapassei um tumor no cérebro.
Mas houve uma coisa que nunca falei, a minha ansiedade. A partir do momento em que eu com 14 anos recebi a noticia de que tinha que passar por uma operação ao cérebro a minha ansiedade nasceu. Inicialmente ela era muito forte, proibia-me de sair de casa, proibia-me de fazer tudo o que gostava.
Fiz os 15 anos. Ainda não sabia o que era ansiedade e que a tinha, pensava que tudo o que me dava, tudo o que sentia estava relacionado com a operação. Foi por volta dos 16. Fiz uma consulta de pedopsiquiatria e foi diagnosticado ansiedade. Foi receitada medicação que em nada ajudou, e até hoje, com 17 anos, luto para vence-la.
A ansiedade é vista como se fosse nada porque a maioria das pessoas não tem a noção de como isto nos vai matando interiormente. Por vezes não posso ser a pessoa que queria ser porque a ansiedade não me permite.
Decidi começar a falar disto no blog, como uma espécie de desabafo e um guia de ajuda para aqueles que sofrem com ela. Hoje ela está muito melhor controlada, não tenho desmaios, não preciso de tomar os comprimidos e sinto-me melhor. Mas quando ela ataca, eu vou abaixo, eu sinto que não consigo vence-la, sinto que é um fardo demasiado pesado para eu carregar. Ansiedade não é só ficar ansiosa por certos momentos e sentir um ''apertozinho'' no coração, é uma acumulo de sintomas que nos deixam num incomodo e desconforto enorme. Este é o primeiro capítulo de uma história de ansiedade que pretendo contar, e espero que estejam interessados/as!
Posted by Abby
1 comentários
Infelizmente, há quem desvalorize a ansiedade, mas é uma questão bastante séria! Acho que fazes bem em falar/escrever, porque é sempre uma forma de libertar alguns pensamentos.
ResponderEliminarr: Muito, muito obrigada *.* também vou estar atenta ao teu
O natal é mesmo mágico!